8 de mai. de 2008

Mãe precisava ser tão alto?

Bom essa semana vem passando lentamente, e com ela tenho produzido muita coisa, entretanto não tenho publicado ainda, mas em breve o farei. Contudo, hoje, como todos os dias que vieram antes desse, tracei mais um sonho em minha vida; quero dar aulas. Ainda não sei o que vou ensinar, mas já estou aprendendo como vou ensinar. E em breve falarei sobre isso por aqui.

Hoje, porém, publico aqui um poema, de alguém cujo potencial sempre foi surpreendente.
Ficam aqui então as sábias palavras de um garoto que sempre esteve acima da mediocridade alheia.


Nenhum buraco é tão fundo
Quanto chorou a sua mãe
Nenhum abismo é tão alto
Quanto bradou o seu pai

Nenhum perigo é maior
Do que seu próprio saber
Nenhum saber é pior
Do que você e o espelho

Qualquer buraco é mais fundo
Do que temeu a sua mãe
Qualquer abismo é mais alto
Do que pensou o seu pai

Toda droga faz mal
Todo vício é um atraso

Todo mal é um caso
Todo atraso é um passo

Acaso não possa rir
Tente ser o acaso
Chore se precisar
Mas ria se conseguir

O seu buraco era fundo
O seu abismo era alto

E não há quem conseguiu
Sem ter nunca sentado

E pensado:
Será que sou eu?

Pedro Milanesi


Minha mãe diz que a culpa só serve para prolongar a agonia, mas nós, seres humanos, sempre temos esse sentimento de culpa crescendo dentro de nós. O que causa isso? Até que ponto sociedade impõe limites? Será o desconforto ou o tédio que nos leva aos vícios? Eu tenho algumas perguntas, Pink Floyd tiveram outras:

"Mãe, eu devo construir o Muro?"
"Mãe, eu devo confiar no Governo?"
"Mãe, Isso é só uma perda de tempo?"
"Mãe estou mesmo morrendo?"
"Mãe precisava ser tão alto?"

E para eles só faltou a pergunta: “Mãe,será que sou eu?”