Meu abdômen nunca viu tudo ao seu redor se contorcer e espremê-lo até esvair suas últimas auguras. Meus olhos comprimidos, por sua vez, nunca, de tal forma, viram a paisagem derreter em salubres formas de orvalho. Meu sorriso jamais batalhou sem forças, e meu quarto, em tempo algum, foi essa angustiante taberna. Minha janela jamais foi tão alta e os doze andares que me separam do concreto nunca me pareceram tão poucos. O canto dos pássaros jamais me havia feito desejar a extinção das aves. Esgarcei meus sentimentos até secar o pranto, e quando não havia mais lágrimas chorei meu deserto. Hoje, não há sequer uma única estrela no céu. Meu corpo foi dilacerado por dentro, e por isso meus anjos estão de luto. Uso, de agora em diante, uma coroa adornada de espinhos forjada no semblante daquela que sorriu ao meu enterro.
Felipe Castilho
17/08/08
5 comentários:
Ops!!
eu tinha abandonado aqui por um tempo....mas pretendo não fazer isso de novo!!!
Sorry cast!
Sobre o texto, muito bem, de bom gosto!! hehehe
beijokaaaas!
Fe,
Seus textos continuam me surpreendendo. Não preciso nem comentar sobre seu linguajar super culto e elaborado. Seus textos subjetivos são mto bons! Fazem a gente parar pra pensar e refletir sobre cada metáfora!
Bjo
Fe,
Seus textos continuam me surpreendendo. Não preciso nem comentar sobre seu linguajar super culto e elaborado. Seus textos subjetivos são mto bons! Fazem a gente parar pra pensar e refletir sobre cada metáfora!
Bjo
Fe,
Seus textos continuam me surpreendendo. Não preciso nem comentar sobre seu linguajar super culto e elaborado. Seus textos subjetivos são mto bons! Fazem a gente parar pra pensar e refletir sobre cada metáfora!
Bjo
Lipe, não sofra desnecessariamente. Aliás, nem combina com vc. Bju. MC
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