Talvez, nem do resto da minha vida
Mas acordei sozinho
com uma poesia me fazendo cafuné
fez amor comigo a noite toda
me vigiou da cabeceira
enquanto eu jazia embriagado
A soma de todas as luzes
Gosto da cor branca
Da folha intacta que aceita todas as ideias
Da teia de aranha sutil em arte e arquitetura
Do mármore virgem que pode assumir todas as formas
Dos fones do meu ipod que me injetam musica
Sabe quando a lágrima fica pendurada na ponta do nariz
Ela não cai porque é artista de circo
Me atiça a cor branca
Dos fantasmas sábios e suas correntes
Do medroso que precisa da sua mao para segurar
Do vestido da noiva que consola o cafajeste
Me conforta a cor branca
Da nuvem leve que desenha ursinhos
Da gaivota que sobrevoa a nossa calma
Do algodão que é nossa flor favorita sem saber
Da espuma do mar, nossa massagem com dedos de natureza
Me estufa o peito
Me sacode de lado
E me poe para ninar
Mesmo que amanha eu não acorde
Mas saiba exatamente o que fazer dormindo
Porque Felipe
Você sabe
Que de hoje em diante
Quando a cor branca te chamar
Nada de sono gostoso
Acorde da burrada que faz a 25 anos
A cor é floco de neve
Que o frio te esfrega na cara
Que te arrasta na veia
Porque só o branco da pele dela
Sussurra ainda que sem voz
A paz que te ilude
Felipe Castilho, 06 de novembro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário